O coordenador da Associação de Pessoas Portadoras de Albinismo, na Lunda Sul, Jorge Missua, disse hoje, segunda-feira, em Saurimo, que os seus associados têm se debatido com várias dificuldades, sobretudo no acesso ao emprego, deixando-os cada vez mais vulneráveis.
Em declaração à ANGOP, o responsável fez saber que os portadores de albinismo têm sido muito discriminados, principalmente nos concursos públicos que não conseguem uma vaga para garantir o emprego e consequentemente melhorar a qualidade de vida.
Explicou que dos 76 associados, entre crianças, jovens e adultos, 16 são técnicos médios de diferentes áreas, mas não conseguem emprego em nenhum organismo, acrescentando que sempre que há concurso público os habilitados concorrem, mas não são admitidos, o que os leva a sentirem-se excluídos e sem oportunidades na sociedade.
“Necessitamos de emprego para podermos adquirir os cremes específicos para os problemas de pele e protectores solares, que são muito caros para manter a pele saudável face à fragilidade que o albino apresenta”, alertou.
Jorge Missua acrescentou que a maior parte dos albinos são de famílias humildes e a falta de emprego tem dificultado, em grande medida, a aquisição dos cosméticos, por esta razão muitos dos associados estão com queimaduras no rosto causadas pelos raios solares.
Fez saber que em Janeiro do presente ano, 20 associados realizaram consultas de oftalmologia e adquiriram óculos, num gesto promovido pela Mediateca provincial em, parcerias com a Só-óptica, de igual modo em Abril outros 22 irão beneficiar da mesma assistência.
Lamentou o facto de a província não dispor de farmácias que comercializam cosméticos específicos para portadores de albinismo, o que leva-os a recorrerem na capital do país (Luanda) para adquirirem o produto.
Apelou ao Governo local, no sentido de olhar para esta franja da sociedade nos concursos públicos, uma vez que o portador de albinismo também tem capacidades e direitos para contribuir em qualquer sector da vida social.
Igualmente, apelou às pessoas de boa fé, associações e empresas privadas a juntarem-se a causa das pessoas com albinismo, no sentido de doarem os referidos cremes uma vez que muitos não têm possibilidades para adquirirem, bem como cederem algumas vagas de trabalho para os portadores.
Por sua vez, o chefe de departamento da Acção Social, do Gabinete Provincial da Acção Social Família e Igualdade do Género, Venâncio Menga, reconhece que de facto a franja debate-se com muitas dificuldades, por conta disso estão a ser cadastrados de modos a facilitar a assistência aos mesmos.
Quanto a descriminação dos albinos nos concursos públicos, afirmou que muitas vezes o acto discriminatório parte dos parceiros detentores das vagas, porquanto da mesma forma que tem se trabalhado com os portadores de deficiência, também deve-se fazer com os albinos.
Garantiu estarem a trabalhar no sentido de mudar o quadro, para que quando houver vaga em algum sector, o gabinete irá interceder a favor dos mesmos junto destas instituições de modo a priorizar esta franja.
No que toca aos cosméticos, Venâncio Menga, anunciou que o Ministério da Acção Social, Família e Igualdade do Género, está a trabalhar na planificação dos referidos produtos, que poderão chegar a qualquer momento à Lunda Sul.
O Gabinete Provincial da Acção Social Família e Igualdade do Género, controla actualmente 73 pessoas portadoras de albinismo.
Fonte: Angop
Ver mais em: https://www.angop.ao/noticias/sociedade/portadores-de-albinismo-clamam-por-acesso-ao-emprego/
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