Os professores universitários podem retomar a greve no dia 27 do corrente mês, caso o Executivo não satisfaça as revindicações até ao dia 24 de Fevereiro, anunciou, esta sexta-feira, em Luanda, o secretário do Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior (SINPES), Eduardo Peres Alberto.
A greve no subsistema do ensino superior público foi decretada a 24 de Outubro, no quadro do caderno reivindicativo apresentado pelo SINPES, em 2018.
No seu caderno reivindicativo, os docentes propunham a realização de eleições nas instituições do ensino superior, a revisão da massa salarial, a reposição de subsídios, o seguro de saúde, a melhoria das infra-estruturas e o Fundo de Investimentos Científicos para unidades orgânicas e universidades públicas e privadas.
Reclamam ainda a regularização da dívida pública, o processo de provimento administrativo excepcional e a formação contínua dos professores.
Dos oito pontos essenciais constantes no caderno, quatro são estruturantes, nomeadamente salários condignos, seguro de saúde, formação contínua e fundo para investigação científica.
De recordar que o Governo angolano propôs, em Março de 2022, um aumento salarial de 6 (seis) por cento para os professores universitários, mas a proposta foi rejeitada em assembleia-geral pelos docentes, que reclamam 2,6 milhões de kwanzas para o professor catedrático e 1,5 milhões de kwanzas para o professor assistente estagiário.
O líder sindical deu a conhecer que o Executivo, até à data, ainda não resolveu dois dos quatro pontos do caderno reivindicativo relacionados com o salário condigno para os professores e o seguro de saúde.
Segundo o sindicalista, que falava à imprensa no final de uma ronda negocial entre o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação e o SINPES, a data limite dada pela última assembleia-geral do SINPES para a resolução das reivindicações foi de 24 de Fevereiro de 2023.
Findo este prazo, de acordo com Eduardo Peres Alberto, os professores do ensino superior vão paralisar as suas actividades por tempo indeterminado, por imperativo da assembleia-geral, no dia 27 de Fevereiro do corrente ano.
A última paralisação dos professores universitários decorreu entre os dias 24 de Outubro e 1 de Novembro de 2022. KAM/VM
Fonte: Angop
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