Proprietários de cantinas em Angola passam a pagar impostos

No âmbito do Programa de Reordenamento do Comércio do Governo Provincial de Luanda (GPL), os proprietários de cantinas poderão passar a pagar impostos, segundo o Director do Gabinete Provincial para o Desenvolvimento Econômico Integrado, Dorivaldo Adão.

O responsável que falava à TPA, avançou ainda que durante o encontro com os cantineiros foi também abordada a possibilidade da inscrição dos funcionários das cantinas, no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), bem como a utilização de facturas no acto das suas vendas.

Dorivaldo Adão acrescentou que os cantineiros não podem fazer as suas actividades como grossistas, mas como retalhistas e, portanto, deverão proceder com a elaboração de um contrato de trabalho para os seus colaboradores.

Origem das cantinas

A presença em Angola dos cidadãos da zona ocidental do continente começou em 1992, pouco depois das primeiras eleições democráticas em Angola. Era uma fase em que Aliounde Blondyn Beye, cidadão maliano, era a estrela cintilante dos irmãos provenientes da CEDEAO – Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.

Angola, país acolhedor e aberto a outras culturas, foi absorvendo os seus hábitos e costumes e aos poucos Mártires do Kifangondo e Hoji-ya-Henda foram ganhando similitudes com bairros e ruas de cidades como Dakar, Bamako, Conacry, Abidjan e outras.

O Islão foi ganhando espaço, com o surgimento de pequenas mesquitas, o cabrité conquistou espaço e foi sendo degustado com umas birras. Com o informalismo batendo e ocupando o lugar do comércio e transacções formais, os “Senegaleses” –  assim eram genericamente tratados todos os oeste-africanos –  integraram o quotidiano dos bairros.

Com sentido de oportunidade e o histórico de negócio do Islão, eles “tomaram de assalto” os armazéns e depois as cantinas, numa primeira fase na periferia, e de seguida nas zonas urbanas. É importante realçar que as cantinas são um fenómeno antigo, mesmo no tempo da outra senhora, entenda-se época colonial, elas existiam espalhadas, com comerciantes nos bairros vendendo a pronto pagamento ou a vale, política também empregue pelos novos senhores das cantinas.

Entre os primeiros anos da independência e pouco antes dos anos 90, as saudosas “Lojas do Povo” e outras para os dirigentes (membros do Partido, oficiais, militares e outros) eram responsáveis pela comercialização ou distribuição dos produtos. As mesmas funcionavam numa época de economia centralizada.

Com a liberalização do sistema surge um vazio que lentamente foi ocupado e consolidado pelos cidadãos da África Ocidental. Com as cantinas, pequenas lojas de conveniência a retalho de produtos essenciais e os arrendamentos de residências surgem os Papás, Mamás, Ibrahims, Moustafas, Mussas, Fatimatas, dentre outros, e o generalizado e simplificado “Mamadus”.

Fonte: JA

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