Os trabalhadores reivindicavam direitos, com a alimentação incluída, antes do início da tortura em pleno alto mar
O incidente, entregue à Procuradoria-geral da República (PGR), ocorreu na semana em que a VOA trouxe à baila a situação de angolanos ao serviço de chineses na exploração de madeira, num paralelismo associado a impunidade em Angola.
De acordo com o porta-voz do Comando Provincial da Polícia, Ernesto Chiwale, em declarações à VOA, os trabalhadores reivindicavam direitos, com a alimentação incluída, antes do início da tortura em pleno alto mar.
As detenções, diz o oficial superior, ocorreram já em terra, numa pescaria sediada na Cahota, arredores da cidade de Benguela
“Os cidadãos angolanos foram encontrados com sinais de agressão, inclusive um foi suturado. Eles estavam a bordo em serviço, reclamaram direitos quando souberam que não haveria jantar , por isso os chineses desferiram bofetadas e usaram faca, os três nacionais apresentam ferimentos”, resume o
porta-voz.
Os advogados dos chineses não prestaram declarações.
O Sindicato dos Trabalhadores das Pescas, Agricultura e Florestas promete agir, começando por abordar o Gabinete Provincial das Pescas, que integra a comissão multissectorial criada aquando das primeiras denúncias sobre o que chama de escravatura moderna.
Cahota tem quatro empresas chinesas com participação de angolanos, segundo registos oficiais consultados pela VOA.
Fonte: Voz da America
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