Receitas fiscais petrolíferas russas caem

Mais sanções do Ocidente significam mais descontos nas vendas do petróleo russo. China e Índia estão a comprar quase 40% abaixo do Brent.

As receitas de petróleo e gás da Rússia, que representam mais de 1/3 do orçamento do país, caíram para 11,1 mil milhões USD em Agosto, o menor nível desde Junho de 2021, de acordo com os últimos dados publicados em 29 de Setembro. Isso representa uma queda de quase 13% em relação a Julho e um declínio de 3,4% relativamente ao ano anterior.

Os dados de Agosto mostram que as receitas petrolíferas russas foram as mais baixas desde há um ano atrás, que resultam do facto de o governo russo, em virtude das sanções ocidentais, estar a vender o seu petróleo com desconto. A recusa em comprar o petróleo russo por parte de alguns clientes tradicionais na Europa tem forçado o membro da OPEP+ a vender o seu petróleo com um grande desconto nos mercados asiáticos, privando-se do benefício total dos preços mais altos.

Antes de começar a guerra na Ucrânia, na lista dos 10 maiores compradores de petróleo russo estavam a Holanda, Alemanha, Polónia, Itália, Estados Unidos, Finlândia e Eslováquia, que hoje não compram ou baixaram significativamente as aquisições. A China e a Índia aparecem como os grandes compradores deste crude. A China importou 800.000 barris de petróleo russo diariamente por vias marítimas no mês de Junho, o que representa um aumento de mais de 40% em relação a Janeiro. O número não inclui o petróleo entregue por oleodutos e indica que a China está deliberadamente à procura de petróleo russo barato.

Já as exportações marítimas de petróleo da Rússia para a Índia saiu de zero para quase 700.000 barris por dia em Junho. Isto justifica-se porque a Rússia está a vender o petróleo entre 35% e 40% abaixo que o índice Brent. Dois meses depois, apesar de não haver números oficiais disponíveis, os especialistas neste sector defendem que a dependência destes dois grandes compradores será muito maior, e à medida que as sanções dos países ocidentais aumentam, também os russos têm que fazer maiores descontos para manter as vendas.

O petróleo bruto da região do Ural na Rússia, cuja produção costumava ser toda enviada para a Europa, na altura em que os preços atingiram os valores máximos em Londres, 125 USD/barril, estava a ser comercializado para a China a 90 USD, menos 38%. E o petróleo bruto ESPO da Rússia, que é exportado preferencialmente para a Ásia, na mesma altura tinha uma cotação de 95 USD e estava a ser comercializado a 72 USD.

Acrescente-se que o momento de instabilidade que se vive no país também fez baixar a produção na Rússia, e embora sem confirmação por parte do governo russo, jornalistas presentes na “reunião da OPEP + falam em quebras de 1,2 milhões barris/dia desde que começou o conflito na Ucrânia. Menos produção, preços mais baixos para garantir o escoamento, implicam esta quebra nas receitas fiscais.

 

Fonte: Expansão
Ver mais em: https://expansao.co.ao/mundo/interior/receitas-fiscais-petroliferas-russas-caem-para-111-mil-milhoes-110396.html

 

 

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