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Trabalhadores da TCUL sem Subsídio de Férias devido a Crise Financeira – Apenas 73 Autocarros Estão Operacionais

Trabalhadores da TCUL sem Subsídio de Férias devido a Crise Financeira – Apenas 73 Autocarros Estão Operacionais

A empresa Transportes Colectivos Urbanos de Luanda (TCUL) enfrenta uma situação crítica: centenas de trabalhadores estão sem receber o subsídio de férias, e apenas 73 autocarros da vasta frota da empresa estão actualmente em funcionamento.

Segundo José António Panzo, primeiro secretário da Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), a direcção da empresa invoca uma “grave crise financeira” como motivo para não pagar os subsídios, mas a medida é considerada inadmissível e prejudicial ao bem-estar dos trabalhadores e ao funcionamento da própria instituição. Panzo recorda que, mesmo durante a pandemia da Covid-19, a TCUL manteve os pagamentos regulares, mesmo com receitas reduzidas.

O sindicalista criticou ainda a incoerência da direcção, destacando que o Executivo tem feito investimentos constantes na empresa, incluindo a entrega recente de 153 novos autocarros, além da contínua subsidiação dos combustíveis. “Não se justifica o argumento de falta de dinheiro para pagar os subsídios de férias”, afirmou.

De acordo com Panzo, mais de 600 autocarros estão actualmente imobilizados por falta de peças, assistência técnica ou ausência de seguros, o que demonstra uma alegada negligência da gestão em manter a frota operacional.

Em reacção, o presidente do Conselho de Administração da TCUL, Nelson Pereira Jorge, confirmou a situação de crise financeira e esclareceu que a prioridade tem sido garantir o pagamento dos salários. Segundo ele, com o reforço da frota previsto para os próximos tempos, a situação dos subsídios será resolvida.

Nelson Jorge sublinhou ainda que a única representação sindical reconhecida pela empresa é o Bureau Sindical Austral, e não a CGSILA, apontando que esta actuação sindical “é ilegal”.

A TCUL, fundada em Fevereiro de 1988 como Unidade Económica Estatal (UEE), opera como empresa pública segundo a Lei nº 11/13 de 3 de Novembro de 2013, e encontra-se actualmente sob forte pressão para responder às necessidades dos seus trabalhadores e da população da capital, que depende do serviço público de transporte urbano.

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