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Chineses no Comando das Pedreiras em Angola: Angolanos ficam para Trás

80% das Pedreiras em Angola Estão Desativadas, Revela APIMA

A situação das pedreiras em Angola é preocupante, com 80% delas encontrando-se desativadas em diversas regiões do país. A informação foi avançada ontem por Massada Culembala, presidente da Associação dos Profissionais Imobiliários de Angola (APIMA), em uma entrevista exclusiva a este jornal. De acordo com Culembala, atualmente apenas oito a dez pedreiras estão em funcionamento no território nacional, o que representa uma parte reduzida do setor.

O presidente da APIMA manifestou grande preocupação com a falta de atividade nas pedreiras, destacando que a principal razão para a inoperância de muitos projetos é a escassez de financiamento por parte de empresários angolanos. “Infelizmente, os investimentos para o resgate desses projetos estão limitados, e a falta de oportunidades de financiamento tem dificultado o avanço de vários empreendimentos”, afirmou.

Culembala também explicou que as pedreiras que ainda operam no país são, em sua maioria, de propriedade de cidadãos chineses. Estes empresários, ao entrarem no mercado angolano, trazem consigo uma base financeira robusta, proveniente de seu país de origem. “Os chineses chegam a Angola com financiamento garantido, frequentemente através de bancos comerciais locais, o que lhes permite iniciar e manter os projetos de pedreira com maior facilidade”, explicou o presidente da APIMA.

A escassez de pedreiras em operação tem impactado diretamente o setor da construção civil, que enfrenta dificuldades devido à limitação de recursos para a extração de materiais essenciais para o desenvolvimento de infraestruturas. O cenário reforça a necessidade urgente de medidas que incentivem a revitalização das pedreiras e promovam o financiamento de projetos locais, para garantir o crescimento e a competitividade do setor.