Joint-venture pode provocar despedimentos na BP, mas petrolífera britânica desdramatiza cenário

A criação da joint venture entre a petrolífera italiana ENI e a britânica BP para impulsionar as operações de petróleo e gás em Angola pode levar ao despedimento em massa na BP Angola.

Segundo apurado, a filial angolana da multinacional britânica espera despedir centenas de funcionários sem qualquer esperança de transferência na nova empresa.

O site francês África Intelligence, revelou que a atmosfera tem sido sombria dentro da BP Angola desde o anúncio da fusão a 19 de Maio último.

Segundo a fonte, a BP suspendeu a maior parte das suas actividades em Angola. De acordo ainda com a publicação editada em Paris, a situação está a preocupar os cerca de 1.000 funcionários da BP em Angola (70% dos quais  locais), que não esperam ser transferidos para a ENI ou para outra subsidiária da BP.

Ao Luanda Post, um porta-voz desdramatizou o assunto, assegurando que a intenção de  criar a joint venture  combina os seus negócios upstream e LNG em Angola o que permitirá que ambas as companhias beneficiem das sinergias que serão criadas pelas respectivas operações.

“A JV reflectirá o compromisso assumido pelas duas empresas em continuar a desenvolver o potencial do sector de petróleo e gás em Angola”.

Para a fonte que preferiu não ser identificadas, a intenção das partes é que o quadro de pessoal  seja preenchido por trabalhadores da BP e da ENI beneficiando das competências de ambas.

“As duas companhias notificaram o governo angolano em Maio de 2021 e é de notar que qualquer transação final estará sujeita a aprovações por parte do governo, autoridades regulatórias e parceiros”, concluiu.