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Falta de segurança intimida o uso das redes sociais em Angola

O número de usuários de Internet no país é de 9.595.501, representando um aumento de 659.408 subscritores, comparável ao segundo trimestre de 2022, que era de 8.936.093.

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Angolano das Comunicações (INACOM), referentes ao terceiro trimestre do ano passado, deste número 73 por cento dos usuários são da Unitel, seguido pela Africell, que detém 13 por cento dos subscritores.

O percentual restante é distribuído entre as provedoras Angola Online, que concentra 7 por cento do mercado, Movicel com 6 por cento, sendo que a ZAP e TV Cabo surgem com 1 por cento de subscritores cada.

Numa altura em que o mundo celebrou terça-feira o Dia da Internet Mais Segura, considerada a ferramenta mais utilizada actualmente para comunicação entre pessoas e instituições. No caso de Angola, nem todos ainda se sentem seguros por terem os dados pessoais num dispositivo que pode ser usado por um hacker ou pessoas de má fé.

O novo Código Penal Angolano, actualizado em 2020, contém normas para combater os crimes informáticos, as pessoas que praticam crimes nas redes sociais já podem ser responsabilizadas criminalmente e punidas com pena de prisão menor de dois e máxima de oito anos, ou uma multa equivalente até 240 dias.

A lei dos crimes informáticos pune quem de modo ilícito altera, danifica, interrompe, destrói, parte o sistema de uma rede de comunicações electrónicas.

De acordo com o Código Penal, são punidas pessoas com o propósito de obter para si ou para terceiros vantagem patrimonial, pelas formas de escritas causar a outrem prejuízos desta natureza.

A lei pune ainda quem interferiir no resultado de tratamento de dados, mediante estruturação incorrecta de programa de computador, utilização incompleta de dados e sem autorização, ou mediante a intervenção, por qualquer outro modo não autorizado.

Ainda é punível quem faz o processamento de programas, dispositivos ou meios que se destinem a diminuir, alterar ou impedir o normal funcionamento ou exploração do serviço de telecomunicações.

 

Medo e insegurança ainda é uma realidade

Alguns cidadãos contactados terça-feira, pelo Jornal de Angola, demonstraram alguma insegurança com o uso da Internet, sobretudo das redes sociais, mas aplaudem a existência do novo Código Penal, que combate os crimes informáticos.

Teresa Domingos considera que a lei alivia o medo dos usuários das redes sociais, porque quem comete é punido. “Já fui assaltada o telemóvel, e algumas fotos íntimas foram expostas nas redes sociais. Essa situação causou-me muitos constrangimentos, não conseguia ir à escola e nem estar com os amigos. Levei tempo para me recompor”, confessou.

Manuel Cassombe contou que já foi vítima de “burla”. Quando tentou actualizar o Multicaixa Express, os criminosos conseguiram roubar-lhe mais de 500 mil kwanzas. O jovem fez queixa à Polícia Nacional, mas sem sucesso, uma situação que já se arrasta há quase um ano.

Eduardo Gabriel conta que foi vítima de exposição de imagens nas redes sociais, por dever dinheiro a um cidadão, que acabou por publicar a sua foto acusando-o de burlador. “Confesso que lhe devia dinheiro, mas não era para tanto. Estive ausente do país, por isso, o meu telemóvel estava desligado. Quando vi a minha imagem a circular senti-me transtornado e muito triste”, disse.

Revelou que por ser comerciante, essa atitude fez descredibilizar a confiança que as pessoas tinham, o seu rendimento baixou significativamente. Por causa destes transtornos vividos, o jovem defende que antes tinha de passar por processo criminal e depois ser julgado daquela maneira, porque brincar ou sujar a imagem de outrem é muito pior que perder dinheiro.

Segurança informática

De acordo com especialistas em segurança informática, o problema pode ser decomposto em vários aspectos distintos, sendo mais relevante a autenticação, considerado um dos elementos fundamentais.

Em muitos casos, qualquer tipo de comunicação ou mecanismo para a garantia da segurança tem de previamente assegurar que as entidades intervenientes são na verdade quem afirmam ser.

A autenticação é o processo que valida a entidade do utilizador. A confidencialidade reúne as vertentes de segurança que limitam o acesso à informação apenas às entidades autorizadas (previamente autenticadas), sejam elas utilizadores humanos, máquinas ou processos.

Maior parte dos usuários conecta através de telemóveis

Os dados apontam que cerca de 14,60 milhões de angolanos têm um telefone com capacidade para aceder à Internet. O país tem cerca 2,20 milhões de usuários activos nas redes sociais, gastando em média 3h43 minutos na Internet por dia.

O estudo concluiu que cerca de 55 por cento dos usuários acedem à Internet por via dos aparelhos móveis, enquanto computadores portáteis e de mesa correspondem a 43,3 por cento de usuários, um número bastante reduzido acede por via tablet, correspondendo a apenas 1,7 por cento.

Embora o Estado tenha feito, na última década, investimentos avultados no domínio das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, com os cabos de fibra óptica e inclusão recentemente do Angosat- 2, primeiro satélite de Angola, a taxa de consumo de Internet ainda é muito baixa.

Grande parte dos 6,8 milhões de consumidores de Internet no país actua  nas redes sociais, apesar de ser mais aproveitada para negócios, criação de empregos, inclusão social, prestação de serviços na administração pública e formação da população.

Distribuição da Internet

As empresas que fazem distribuição da Internet no país são constituídas pela Angola Cable, Angola Telecom, Infrasat, Unitel, Movicel, NetOne, ITA, TS2, Quantis, Businesscom Network e Tikona Digital Networks, TVCabo e ZAP.

Em relação aos preços, os provedores praticam taxas diversas. A TVCabo, por exemplo, oferece planos mensais de Internet residencial com taxas que custam cerca de 13.000 kwanzas com 1Megabites 91.150, com 20 Mb. A Angola Telecom, primeiro provedor do mercado, tem pacotes para falar e navegar desde 10.260 a 36.786 kwanzas.

A Movicel tem preços díspares para serviços de Internet, através dos pacotes Movinet, que apresenta soluções de Net desde 100 kwanzas com 100 Mb para um dia.

A Unitel tem o plano Net ao dia, sendo que o mais barato custa 200 kwanzas, com direito a 200 megabites. O mais alto é o plano Net 30 Gigabites comercializado a 35.000 kwanzas.

Para alguns usuários, a Internet no país ainda é muito cara e deficiente, mas com os serviços do satélite Angosat- 2, essa situação  melhorar a qualidade dos serviços a preços mais baixos.

Data histórica

O Dia da Internet Mais Segura celebra-se anualmente no segundo dia da segunda semana do segundo mês. Este ano calhou a 7 de Fevereiro de 2023, assinalando-se o 20.º aniversário desta iniciativa.

Este dia visa criar uma Internet mais segura e melhor, onde todos tenham o poder de utilizar a tecnologia de forma responsável, respeitosa e criativa.

A segurança cibernética é um conjunto de acções sobre pessoas, tecnologias e processos contra os ataques cibernéticos. Por vezes, nomeada como segurança digital ou segurança de TI, ela é uma ramificação na segurança da informação.

A Segurança da Informação (SI) tem como objectivo tratar e proteger os dados físicos e digitais. Ou seja, a segurança cibernética é a área que actua no ambiente digital, na prevenção, mitigação e recuperação frente aos ataques cibernéticos.

Os ataques cibernéticos são acções executadas por ciber-criminosos, que exploram as vulnerabilidades (falhas) da rede, dispositivos, máquinas, softwares e pessoas, com objectivos diversos, como roubar dados, interromper operações e derrubar sites, espionar e monitorar, falsificar informações, recrutar máquinas e equipamentos para actividades ilegais.

Fonte: JA

Ver mais em: https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/falta-de-seguranca-intimida-o-uso-das-redes-sociais/

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