Melhoria no abastecimento de água

A governadora do Bengo, Maria António Nelumba, reafirmou o compromisso de melhorar o abastecimento de água à população do Panguila, no município do Dande.

“Vi tantas coisas e constatei muitas preocupações, mas a falta de água foi a que mais me chamou a atenção e é a principal reclamação da população. Vamos começar por resolver este problema aqui no Panguila e depois fazer a mesma coisa na Centralidade do Capari”, prometeu a governante, depois de ter percorrido várias artérias do bairro e visitado o Centro de Saúde e o de Formação Profissional, o mercado principal, as obras do novo Centro de Saúde e ouvido as preocupações dos moradores, durante um encontro de auscultação.

A governante deu a conhecer que já está em curso a transferência de todas as competências da Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL) para a Empresa Pública de Águas e Saneamento do Bengo (EPAS), para melhorar os serviços de manutenção e abastecimento de água à população.

Em nome dos presidentes das comissões de moradores, Isaac Pimpão enumerou os principais problemas que afligem os moradores, que, segundo ele, se arrastam há 15 anos.

“Temos grandes problemas como a poluição sonora e precisamos de apetrechos nas escolas primárias e secundárias, de mais um instituto médio politécnico e de uma universidade pública, assim como de policiamento de proximidade”, detalhou.

Isaac Pimpão considerou deficiente o abastecimento de medicamentos, tendo destacado a falta de material gastável no único Centro de Saúde, bem como de uma representação da Administração Municipal do Dande no Panquila, para facilitar a resolução dos problemas administrativos.

Situação da Saúde

A população do Panguila está estimada em 150 mil habitantes e depende apenas de um Centro Médico, com capacidade de 100 camas.

O director do centro, Inácio Neto, destacou o crescimento do Panguila em termos demográficos, pois compreende onze sectores e o único Centro de Saúde tem apenas duas camas de observação e, em caso de ocorrências graves, os pacientes são evacuados para o Hospital Municipal do Dande ou provincial do Bengo.

“Panguila cresceu muito em termos demográficos, são 11 sectores e há muita procura de medicamentos, porque atendemos, também, doentes da vizinha província de Luanda”, esclareceu.

Inácio Neto disse que, em média, o centro atende 160 pacientes por dia e tem tido problemas no laboratório por falta de reagentes. “As patologias mais frequentes são a malária e as doenças diarreicas agudas”, apontou o director, acrescentando que está a ser construído um Centro Médico maior, com capacidade de mais de 100 camas em relecção ao existente, que poderá ser inaugurado no próximo mês de Abril.

Saneamento básico

Uma vala de drenagem atravessa o bairro, mas é insuficiente para resolver o problema do escoamento das águas da chuva no Panguila, onde os focos de lixo tendem a aumentar diariamente.

De acordo com os moradores, alguns membros da Administração Municipal do Dande visitaram, várias vezes, o local e prometeram resolver a situação, mas a vala continua a alastrar-se como se de uma ravina se tratasse, colocando em perigo dez residências.

O presidente da Comissão de Moradores do sector 9, Lima Torres, explicou que, no passado, não havia vala de drenagem, só surgiu depois da chuva arrastar várias casas.

“Tiveram de abrir a passagem da água, mas já foi desviada para outro sítio, uma parte foi entulhada com o derrube de três casas e a outra tornou-se ravina”, disse.

Fonte: Jornal de Angola

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