Luanda – O Sindicato dos Técnicos de Enfermagem de Luanda (SINTENFL) vai suspender a greve a partir de segunda-feira, por um período de 60 dias, decisão saída de um encontro entre os profissionais e o Governo Provincial, realizado esta quarta-feira.
A suspensão da greve, que teve início dia 12 do corrente mês, resultou de um entendimento entre as partes.
Entre as reclamações do caderno reivindicativo consta a transição automática de carreiras, alimentação, melhoria de condições laborais e o pagamento das horas extras durante a pandemia de Covid-19.
Segundo o director do Gabinete Provincial da Saúde, Manuel Varela, dentro do prazo estabelecido haverá um novo encontro para se avaliar o que foi resolvido.
Porém, mostrou-se céptico quanto ao cumprimento dos pontos constantes do caderno reivindicativo dentro dos 60 dias, por recear ser pouco tempo porque existem “algumas questões fracturantes que não dependem apenas do Governo Provincial”.
De acordo com o director, que representou o Governo de Luanda, será necessária uma interacção com os ministérios das Finanças e da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social para dar solução às questões fora da alçada da sua instituição.
Referiu que quanto às condições de trabalho, segurança das unidades, alimentação e repouso dos técnicos que pernoitam nas unidades sanitárias, serão revistos pelo governo provincial nesse período determinado.
Em relação ao subsídio dos turnos efectuados durante a pandemia, considerou ser um processo complexo a ser averiguado, por existirem vários ministérios envolvidos, mas, alertou, só serão resolvidos aqueles casos cujos dados estão conformes.
O responsável apontou a existência de diversas irregularidades da parte de quem faz a efectividade nos locais de trabalho, pelo que o GPL cumpre apenas com o previsto na lei.
“Aqueles que não estiveram directamente envolvidos no processo da Covid-19 não devem ser pagos e não vamos pagar”, recalcou.
Por sua vez , o secretário-geral do Sindicato dos Enfermeiros de Luanda, Afonso Kileba, disse que a decisão foi satisfatória, depois de vários debates, incluindo o tempo de resolução que reduziu de 90 para 60 dias.
De acordo com o responsável, a greve vai continuar até sexta-feira por uma questão de formalidade, porém, a partir de segunda-feira todos os profissionais devem retomar as suas actividades.
Durante a assembleia foi criada uma comissão para averiguação das necessidades das unidades sanitárias.
Fonte: Angop
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